A taxa de desemprego no Brasil ficou em 5,8% no trimestre de abril a junho de 2025, o menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012. Em relação ao trimestre anterior (7,0%), a queda foi de 1,2 ponto percentual. Na comparação com o mesmo período de 2024 (6,9%), a redução foi de 1,1 ponto.
Os dados são da PNAD Contínua Mensal e foram divulgados nesta quinta-feira, 31 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, outros dados também bateram recordes no período:
DESALENTADOS — A quantidade de pessoas desalentadas (aquelas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego) caiu 13,7% em relação ao trimestre anterior e 14,0% na comparação anual com o mesmo período de 2024.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, “o crescimento acentuado da população ocupada no trimestre influenciou vários recordes da série histórica, dentre eles a menor taxa de desocupação”.
SUBUTILIZAÇÃO — A taxa de subutilização, que inclui desempregados, subocupados e pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego, caiu para 14,4%. Isso representa uma redução de 1,5 ponto percentual frente ao trimestre anterior (15,9%) e de 2 pontos em relação ao mesmo período de 2024.
DESOCUPADOS — O número de desocupados caiu para 6,3 milhões entre abril e junho de 2025, cerca de 1,3 milhão a menos que no trimestre anterior (queda de 17,4%). Em relação ao mesmo período de 2024, foram menos 1,1 milhão de pessoas sem trabalho (redução de 15,4%).
OCUPADOS — O número de pessoas ocupadas no trimestre encerrado em junho foi de cerca de 102,3 milhões. Isso representa um aumento de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% (mais 2,4 milhões de pessoas) na comparação com o mesmo período de 2024.
INFORMALIDADE — A informalidade atingiu 37,8% entre abril e junho de 2025, a segunda menor já registrada pelo IBGE. Isso representa 38,7 milhões de pessoas trabalhando sem carteira assinada ou de forma informal. Mesmo com o aumento no número de trabalhadores sem carteira (13,5 milhões) e de autônomos com CNPJ, a informalidade caiu em relação ao trimestre anterior e ao mesmo período de 2024.
SETORES DA ECONOMIA — Entre os setores da economia, apenas administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve crescimento no número de ocupados em relação ao trimestre anterior. Esse aumento foi puxado principalmente pela área de educação, segundo o IBGE. O número de pessoas empregadas no setor público chegou a 12,8 milhões, recorde da série histórica, com crescimento de 5,0% no trimestre e 3,4% no ano.
GRUPAMENTOS — Na comparação com o mesmo trimestre de 2024, outros cinco grupamentos registraram aumento na ocupação:
RENDIMENTOS — De acordo com a pesquisa, os rendimentos dos trabalhadores também foram recordes. A renda média mensal chegou a R$ 3.477, a maior já registrada pela PNAD Contínua Mensal. Houve alta de 1,1% comparado com o trimestre anterior.
O IBGE também publicou a reponderação da série histórica da pesquisa. Essa atualização levou em conta as projeções populacionais divulgadas em 2024, que consideram os resultados do Censo Demográfico de 2022.
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