O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, esteve na manhã de hoje (20) na reunião do Colégio de Líderes da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para falar sobre a situação da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
A unidade hospitalar está em processo de venda para quitar dívidas trabalhistas. O imóvel foi requisitado pelo governo do estado em 2019, após a instituição fechar as portas devido a uma crise financeira. Desde então, o governo paga aluguel pelo uso do prédio, mas as dívidas, especialmente as trabalhistas, persistem.
Preocupado com a possibilidade do hospital fechar as portas, o deputado Júlio Campos (União) convocou Gilberto Figueiredo para dar explicações. “A reunião foi bastante proveitosa. Gilberto Figueiredo falou sobre a situação do funcionamento da Santa Casa após o período de intervenção. Nós sabemos que o dia 31 de dezembro próximo encerra o período em que o estado requisitou os equipamentos e o prédio da antiga Santa Casa e transformou ele no hospital estadual durante esse período. Por isso, nossa preocupação é como vai ficar após essa data”, disse Campos.
O prazo para o leilão está marcado para ocorrer na próxima segunda-feira (25), a partir das 18 horas. “Há até possibilidade de algum grupo ligado à própria saúde pública de adquirir aquele imóvel e continuar usando para a saúde pública. Mas dependendo do que acontecer no leilão, o estado está disposto a assumir aquele acervo e também continuar os serviços da Santa Casa, principalmente a oncologia pediátrica”, garantiu Campos.
O secretário Gilberto Figueiredo garantiu que os serviços não serão interrompidos e que o governo não vai deixar desamparado nenhum paciente.
“Nenhum setor será paralisado e hoje 70% dos serviços irão migrar para o Hospital Central, que vai ter um outro nível de qualidade de atendimento. Então, isso é bom, porque nós não vamos oferecer algo pior do que esteja sendo feito hoje, muito pelo contrário. Nós vamos aguardar agora as próximas etapas. Já temos um plano formulado daquilo que migra de lá para o Hospital Central”, revelou Figueiredo.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB), entende que o governo do estado quer solucionar o problema da melhor forma possível.
“Tenho a garantia do governador que vai ter outra estrutura de saúde naquele espaço, e é isso que todos nós queremos. Tudo está caminhando para isso, e a convocação do secretário Gilberto Figueiredo foi para falar melhor sobre o assunto. Estamos acreditando muito nas explicações do secretário, e ele nos garantiu que outra instituição de saúde vai atuar naquele prédio sem paralisar os trabalhos de saúde”, falou Russi.
Para o deputado Eduardo Botelho (União), o valor do leilão envolvendo o prédio pode ser adquirido por um preço bem menor. Segundo ele, basta negociar.
“Esse valor que está lá hoje é realmente muito alto, eu acho que o governo vai adquirir o prédio e fazer no momento certo. Acredito que o governo está estudando uma solução para a Santa Casa. Tenho preocupação em relação ao funcionamento da Santa Casa, sobretudo em relação à oncologia infantil. Precisamos discutir como vai ficar isso, para que os trabalhos não sejam paralisados”, adverte Botelho.
Participaram da reunião com o secretário Gilberto Figueiredo, além de Júlio Campos, os parlamentares Carlos Avallone (PSDB), Lúdio Cabral (PT), Edna Sampaio (PT), Chico Guarnieri (PRD), Diego Guimarães (Republicanos), Walmir Moretto (Republicanos), Gilberto Cattani (PL), Paulo Araújo (PP) e Fábio Tardin (PSB).
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