O lançamento da Operação Pantanal 2025, realizado nesta terça-feira (24.6), no município de Poconé, marca o início da etapa de resposta aos incêndios florestais e do funcionamento da Sala de Situação do Pantanal. Mais de 10 instituições, entre órgãos estaduais, federais e representantes do setor produtivo, passam a atuar de forma integrada no monitoramento e combate aos incêndios.
Durante a solenidade de lançamento, o comandante-geral adjunto do Corpo de Bombeiros em Mato Grosso, Rony Robson Cruz Barros, destacou que a Sala de Situação em Poconé atuará como centro operacional estratégico durante toda a temporada, especialmente no bioma Pantanal. “Esta região exige resposta rápida e altamente coordenada”, ressaltou.
Segundo ele, aproximadamente 145 pessoas estarão envolvidas nesta etapa de resposta aos incêndios florestais. Serão 80 combatentes, entre militares e brigadistas, 52 servidores da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) para apoio técnico e logístico, 28 máquinas operacionais, um helicóptero do Ciopaer, duas aeronaves de asa fixa, 20 viaturas e mais quatro aeronaves da Defesa Civil.
Conforme o comandante-geral adjunto, outro avanço importante no combate aos incêndios florestais é ampliação do uso do Sistema Integrado de Cadastro de Recursos para Apoio aos Incêndios Florestais. “Vamos cadastrar e acionar recursos voluntários do setor produtivo, como tratores, caminhões pipa e insumos em situações de emergência ambiental”.
O secretário executivo do Comitê Estadual do Fogo, coronel BM Dércio Santos da Silva, destacou os investimentos realizados pelo Governo do Estado em ações estruturantes. “Nós cremos que esse ano, como nos anos anteriores, terão adversidades, mas o Estado está robustamente fortalecido, com investimentos, com capacitações e é isso que o cidadão espera para um bioma tão importante como esse, que tenham ações integradas e coordenadas para a sua proteção”, afirmou.
O secretário executivo lembrou ainda que desde o último dia 17, está em vigor a Instrução Normativa 02/2025 que dispõe sobre os procedimentos para construção de aceiros em propriedades rurais no Pantanal mato-grossense. A medida é obrigatória e tem como finalidade conter a propagação de incêndios florestais no período de estiagem.
Conforme a normativa, os aceiros são faixas de terreno com remoção da vegetação. Eles deverão ter no mínimo 20 metros e no máximo 40 metros de largura. Nas divisas de propriedades, cada imóvel deverá construir o seu aceiro de no mínimo 10 metros e no máximo 20 metros.
No período de emergência ambiental, apenas a construção de aceiros em metragem superior à que foi estabelecida na instrução normativa, ou que implique em supressão de vegetação nativa, exceto pastagem, depende de autorização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).
Homenagem
A Sala de Situação em Poconé leva o nome de Antônio Luiz de Almeida França Satyro, falecido em 28 de março deste ano. Ambientalista, apicultor, cinegrafista e defensor do Pantanal. Satyro foi referência nacional em educação ambiental e, durante os incêndios de 2020 a 2024 , abriu sua propriedade para apoiar operações de resgate, logística e atendimento animais.
Participaram da solenidade, representantes de várias instituições, entre elas, o Exército Brasileiro, Superintendência da Associação Brasileira de Inteligência em Mato Grosso (Abin-MT), Senado Federal, Polo Sociambiental Sesc Pantanal, Defesa Civil, Polícia Civil e Polícia Militar.
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